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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

André Kertész





Nascido Húngaro, crescido francês e amadurecido universal, André Kértesz (1894 – Budapeste / 1985 – Nova Iorque) descobriu-se dando seu primeiro clique em 1912. Autodidata, iniciou sua carreira como fotógrafo de rua, aliás ele foi pioneiro da “fotografia de rua”, fotografando com uma câmera pequena atitudes da vida cotidiana, principalmente. Seus temas são muito variados, embora ressalte neles a curiosidade visual na hora de encontrar novas perspectivas das coisas mais comuns.
Em época de grande efervescência cultural na Europa das vanguardas modernistas, travou contato inicialmente com outros artistas conterrâneos de grande relevo, e que teve oportunidade de fotografar, como Mondrian, Eiseinstein, Chagall, Zadkine, entre outros. 
Foi um dos primeiros fotógrafos a adotar a Leica como equipamento. Cronista da vida cotidiana, soube evocar grande profundidade dos mais insignificantes eventos. 
Em 1933 criou a famosa série “Distorções”. 
Em 1936, no auge de sua arte, transfere-se para NY, por assinar contrato com a Keystone.

A partir de 1963, dedicou-se somente à produção de ensaios pessoais e à exibição e publicação de sua obra. É reconhecido como um dos maiores fotógrafos do mundo.
Criou imagens únicas, explorando todas as possibilidades da arte fotográfica, desde fotos documentais e realistas, passando pela moda e abusando da criatividade em seus clássicos nus distorcidos.
Seu estilo único influenciou uma geração de fotógrafos na Europa, entre eles Henri Cartier-Bresson, Robert Capa e Brassai.
Bresson, referindo-se a obra desse húngaro, registrou: “Nós todos devemos alguma coisa a André...” (leve humor)
Do seu legado, muitas vezes construído pelo olhar através da janela de seu apartamento para a rua em que morava, Kértesz revela-se altamente clássico e com profundos valores humanísticos.

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